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terça-feira, 2 de junho de 2015

Me deixa ser indecisão

Não me pergunte muito o que eu quero da vida. Sim, quero amar e, quem sabe, me entregar, mas não me peça para ser decidido quando o assunto for, exatamente, decidir.
Se pedires para eu decidir entre azul e verde, sumo. É muito para a minha cabeça. Se quiseres que eu escolha entre Veneza ou Paris, ficamos por aqui mesmo. Gosto tanto dos dois. Se houver necessidade de decidir entre as minhas comidas prediletas, demorarei horas. Fico com medo de errar a escolha. Não me faça escolher, só me leve junto…
Não me dê opções, me dê beijos. Me dê margem para sonhar. Me dê certezas que as faço paisagem. Nasci para aquarelar as certezas que existem, não para criá-las. Façam e criem as certezas por aí, mas, deixem que eu as coloco cor e vida… Certezas são monocromáticas, dúvidas são coloridas.
As vezes, sei muito bem o que eu quero. Mas, no cantinho pensativo da minha cabeça, acho que deveria fazer outra coisa. Medo da vida realmente ser só isso? Medo da vida ser tudo isso e muito mais? Não sei… Ser indeciso é isso. É não ter nada destinado. É ser para-raio das possibilidades do mundo. É achar que o mundo é muito mais do que essas certezas do nosso mundinho; volta e meia tão pequeno, tão mesquinho…

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